Jack o'Lantern

Ontem fiz um João Lanterna...




O efeito na rua com uma vela lá dentro:




Samhain


Estamos a aproximarmo-nos do Samhain.

Samhain é a noite em que nos despedimos da metade solarenga do ano e entramos na metade sombria...o sol está no ponto mais baixo no horizonte. Esta divisão do ano para povos agricultores é extremamente importante e cerimonialmente estes povos pagãos, nomeadamente os Celtas escolheram este Sabbat, em vez de Yule, para representar o Ano-Novo.

Em Samhain, o deus finalmente morre, mas a sua alma vive na criança não-nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. Isto simboliza a morte das plantas e a hibernação dos animais, o deus torna-se então o Senhor da Morte e das Sombras.


Samhain é um festival do fogo e é a entrada para a parte sombria e fria da Roda do Ano. É em Samhain que as fogueiras são acesas para que os espíritos do outro mundo possam encontrar os caminhos para partirem ao Outro Mundo (País do Verão).
É giro ver estes pequenos símbolos cerimoniais na vida das aldeias do nosso interior, para nos lembrar que nunca perdemos a nossa identidade pagã. A igreja cristã vendo que não conseguia alterar estes rituais mudou a cerimónia de todos os santos (All Hollows) para esta altura. (daí o All Hollow's eve -> Halloween)

Continuando...Samhain é altura ideal de lembrarmos com amor aqueles que partiram para o outro lado, por isso éconhecida por Festa Ancestral. Toda a família, ou grupo, se reúne para reverenciar os que já partiram. É muito comum neste Sabbat realizar-se uma ceia em silêncio, conectando-se com aqueles que já cruzaram os portais dos mundos.

É por isso também que lhe chamam a festa dos mortos. Os povos pagãos consideravam que nesta noite os véus que separam os mundos estão mais finos.

Espíritos bons e maus podem cruzar-se com os humanos, daí o costume de nos disfarçarmos de maus espíritos, fantasmas, bruxas de modo a enganarmos aqueles espíritos com quem não nos interessa cruzar.


O Jack O'lantern (a cara de abóbora) é uma das práticas mais conhecidas do all hollows'eve. A sua origem remonta às terras frias da Escócia e Irlanda. A abóbora é um fruto importante desta altura do ano, providenciando comida para o gado no Inverno. As máscaras escavadas do seu interior eram utilizadas para protecção pois as sombras criadas são assustadoras. A vela dentro da abóbora simboliza a luz interior que vem substituir a luz exterior. É a vitória do espírito sobre o material!

Em relação à bebida, a afamada "queimada galega" é a bebida ritual para a noite do Sahmain para os celtas do Noroeste peninsular. No concelho de Santarém é recuperada sob o nome de Champorrião. No resto do mundo celta a bebida mais simbólica é a Sidra.

Na agricultura é a altura ideal para recolher os frutos dos bosques, os cogumelos, apanhar as abóboras e de estrumar e fazer as plantações para o resto do ano.
"Quem planta no Outono leva um ano de abono"



Feliz Samhain

TALL BIKES

Para quem não sabia da existência das Tall bikes:



e para quem sabia, mas ainda não tinha visto uma com full-suspension:

Rescaldo do primeiro aniversário da ciclo-via.org

Foi ontem e foi muito porreiro.


Realizaram-se uma série de jogos de Hardcourt Bike-polo com o "apadrinhamento" do pessoal de Paço de Arcos que já jogam todas as segunda-feiras à noite no ringue local. Obrigado pela vossa ajuda, Kiko, Bruno, Barbosa e cª e ao Bruno Santos.


Apareceu o Steffen da megabix.com com uma bullit clockwork...até que enfim conduzi uma Long John!!! (na foto ao fundo)


Esteve mais malta, pessoal que gosta de biclas ou que apenas gosta de ver, falar, conversar. Esteve o presidente da Junta de freguesia, para conhecer o que faz este colectivo pró-biclas de Linda-a-Velha e para discutir futuras parcerias.

Houve uma mini-cicloficina para substituir a lança do trike do Hernani


Foi um sucesso, podem ver fotos e relatos aqui.

Mais um (pequeno) passo para isto ;o):


Aniversário CICLO-VIA.ORG

Vai ser aqui
Mais uma organização desorganizada pela ciclo-via.org para comemorar a bicicleta.
Ficamos à vossa espera!
Domingo de manhã

Comentários/Conversas na MC dignas de serem registadas...

"Vão mas é trabalhar" - automobilista revoltado
"Vai mas é pedalar" - resposta do crowd de ginga

"Esta MC está muito BIKE" - ciclista

"Mas pq é que estão a encher as ruas com bicicletas?" - automobilista incrédulo
"Estávamos apenas de passagem, agora imagine que estávamos todos de carro!" - ciclista

"Dá-me só um jeitinho para eu passar" - automobilista
"É o que quase 200 pessoas te pediram primeiro" - ciclista

"Já imaginou uma cidade com menos carros e mais bicicletas? Era bem melhor para o seu negócio" - ciclista
"Nunca tinha pensado nisso...mas tem razão" - taxista

-----

O relato da AnaBanana que sentiu que atingiu a maturidade como participante da MC. Passei pelo mesma contradição e luta interior. Agora falta passar essa maturidade para o dia-a-dia. O ciclista que "fura" o sistema injusto para a sua escolha de mobilidade está em desobediência civil, lutando para que o dito sistema penalize quem mais dano faz ao colectivo em vez de pôr no mesmo prato veículos com repercurssões tão dispares para toda uma sociedade*. Todos os dias o CE é incumprido e os incumpridores passam impunes, não sei porque teimam em colocar o dever moral do cumprimento estricto da lei ao ciclista! A lei está errada, deve ser ponderada e mudada. Não pode penalizar um veículo não poluente, que não causa problemas de saúde pública (mortes, feridos, barulho, obesidade, etc.) e não ocupa àreas brutais de espaço público. É injusto.
* não sou a favor do incumprimento gratuito da lei, mas sim casos específicos e que até são previstos na lei, mas injustamente aplicados.

Festa Crítica

Na sexta passada houve massa crítica seguida de festa crítica.

Antes de começar encontrei-me com o Enzo, a Ana e o Bruno no Cais do Sodré.
Começaram as apostas...quantas pessoas aparecerão?

O recorde estava perto das 60 pessoas. Prometemos festa se chegasse à centena.


Meus amigos...eu não os consegui contar a todos, mas houve quem se desse ao trabalho e contasse no Rossio 174 pessoas!!


Foi descomunal.

Lisboa ficou com um ar bem mais evoluído por 2 horas pois numa sexta ao fim da tarde montes de pessoas circulavam pelas suas artérias numa amena cavaqueira, a festejar a mobilidade.

Eu vi um rapaz de 7 anos a pedalar na rotunda do Marquês do Pombal e essa imagem deu-me um alento enorme em continuar a defender a bicicleta como meio de transporte ideal para a cidade!!
Claro que existiram conflitos, os automobilistas não estão preparados para partilhar a via.
Uma massa de ciclistas tão grande implicou algum "corking" em cruzamentos para evitar dispersões. Houve quem atentasse contra a integridade física de quem estava a realizar tal tarefa. Mas porquê?
Os 174 ciclistas, patinadores e corredores demoravam menos de 4/5 minutos a passar por um cruzamento, mas esse tempo deve parecer uma eternidade para quem está dentro de uma lata que até tem marcado 200Km/h no velocímetro mas que tem que andar sempre parado.
Agora imaginem se tivesse sido como em Budapest onde apareceram 20,000 pessoas!!
------
Ontem conheci o Luís, um Colombiano que trabalha em Portugal como nadador-salvador.
Ficou espantado por haver quem conhecesse a realidade ciclista do seu país, onde o ciclismo é o desporto nacional e Bogotá um exemplo de cidade que promove os meios de transporte suaves com especial enfase nas bicicletas desde 1998, quando Enrique Peñalosa foi eleito.
(veio desmitificar a ideia de que só na Europa do Norte se consegue fazer algo do género e a desculpa de que é cultural e que para o latino não dá)
O Luís desloca-se de bicicleta para todo o lado, o que lhe permite poupar bastante dinheiro enquanto se diverte e mantém a forma. Ficou genuinamente contente por ver a minha bicicleta e as opções que tomei para tentar substituir o carro pela ginga.
A maior facada para o Luís é sentir-se discriminado por ter optado por um veículo sustentável.
(a maioria sente "pena" e gaba a opção, mas no fundo vêem-no como estando "out")
Até nas lojas de desporto, atendem-no melhor quando não aparece equipado. (???)
Realmente, por cá penaliza-se a inteligência e o sentido colectivo!