Cartoon: a Lagoa de Sherman

Cartoon de um diário gratuito:

Tartaruga Sherman: "Pinças, onde vais no teu mini Hummer?"
Caranguejo Pinças: "Vou até ao Ginásio"
S: "Porque não vais de bicicleta? Não é assim tão longe!"
P: "Porque assim chego demasiado cansado para me exercitar"
S: "Ou seja, vais de carro para um sítio onde vais andar numa bicicleta estática. Parece-me parvo..."

Planeta Bicicultura

Numa altura em que a minha vida anda numa reviravolta com sonos trocados, fraldas por todos os lados, birras do Gugas, festas natalícias, visitas, o meu pouco tempo livre não tem sido utilizado em prol da "bicicultura" na internet. Tenho sim ido às compras, passear com o Gugas, enfim pequenas deslocações sempre na magrela. Ando a desenhar e a construir um atrelado de carga, mas na internet a minha intervenção tem sido nula.

Entretanto, recebi um convite da Ana e do Bruno da CaP que mostra que a bicicultura lusa não está parada, antes pelo contrário. O Planeta bicicultura é um agregador de posts sobre a bicicultura no universo blogguista português! É uma ideia excelente....simples e funcional como eu gosto. Se não vos interessar os meus posts sobre a minha horta, as minhas receitas, o meu fascínio com a mitologia, whatever que me dê na moina escrever neste blog, mas sim o que escrevo sobre as biclas....usem o agregador!!! Os restantes dois podem continuar a visitar-me neste cantinho À beira-byte plantado! ;o)

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Car@s amig@s,

Faltam apenas 823 assinaturas para a petição "Extensão aos velocípedes dos benefícios fiscais à aquisição de veículos não poluentes"

É aqui

Fala com os teus amigos, familiares e conhecidos. Fala-lhes desta petição e pede-lhes para assinar. Se eles não tiverem tempo ou forma de aceder à petição, pede-lhes o nome e nº de BI e assina tu a petição.

Vamos todos reunir o maior nº de assinaturas e assim completar as 5000 necessárias para levar este assunto a discussão na Assembleia da Republica e colocar de novo este assunto nos jornais e nas televisões.

A tua ajuda é essencial para que as bicicletas possam ter benefícios fiscais e assim promovermos ainda mais uma mobilidade mais sustentável.

Participa!

Compras no bairro

Mais uma vez fui fazer compras ao Pingo Doce, e mais uma vez levei a bicla para carregá-las.

Ando cada vez mais a "esticar-me", mas a verdade é que a "Timberlina" não se queixa!!
Do carrinho:


Para a ginga:



E qual o transporte que é praticamente porta-a-porta?? Da porta do Pingo Doce à porta da despensa ;o)


Festas de Yule



Estamos numa altura mágica do ano.

Amanhã o sol estará na posição mais próxima da Terra no seu ciclo anual. É o chamado o Solstício de Inverno. No calendário pagão celebra-se o fim do período dos mortos e o resnascimento do rei-sol, na festa de YULE.

YULE que significa "roda" é o símbolo do sol a renascer milagrosamente nesta época de total escuridão. Isto é particularmente sentido por quem trabalha a terra. A partir deste solistício os dias vão ficando gradualmente mais longos e cheios de luz, o tempo dado aos campos para se recomporem vão dar lugar à fecundidade da primavera. Mas este renascer, para além da componente física reprecurte-se também na componente espiritual, aproveitando o tempo invernal de reclusão e fazer renascer o sol interior. É a altura ideal para fazermos uma introspecção pessoal e planear o futuro.

É nesta altura que a MARIANA decide "aparecer" ao mundo, enriquecendo a minha vida e a de toda a família. O meu gugão já é mano velho.


A cidade para as crianças

Na iminência de ver a "nanny" sair para este mundo, vou dedicar às crianças este post.

Numa conversa recente sobre crianças ficou a ideia de que os novos pais "transformam-se" em super-protectores e tentam evitar que os filhos sofram o mais possível eliminando todos os riscos. Eu sou da opinião de que não é eliminando todos os riscos que se educa, mas sim dando-lhes ferramentas para que se possam defender deles, por muito que isto custe. É a tal conversa de que o barco está mais seguro no cais, mas não é para isso que o barco foi construído.

A primeira ideia promove a sobre-protecção que no caso das bicicletas resulta no grande número de míudos que não andam de bicla nas ruas pois "é perigoso" e a última dá-me forças para lutar por cidades mais bike-friendly, pelo direito de uma criança em circular com segurança nas vias por onde andam carros...é o caminho mais longo, mas é o que eu quero para mim, para os meus e portanto para os demais.






Para ti que estranhaste a minha crítica ao uso abusivo do automóvel por uma questão social em vez de ecológica, por alienar espaço útil para uma criança brincar em vez da emissão de gases poluentes, checka este excelente post do blog "menos um carro"


CQC - Portugal

Afinal existe uma versão portuguesa da crítica à cidade ciclável (not), neste caso Lisboa.
O vídeo está porreiro, é pena que não tenha uma comparação como o espanhol mas tem uma engª do território! Way to go Renata, go LET.



Isto quer dizer que também temos jornalistas atentos (ou um formato de programa standard a nível europeu ;o) pelo que peço desculpas pela crítica directa, mantendo a crítica geral.
E, por favor, metam na carola que as CICLOVIAS não são a solução milagrosa!
(só a ciclo-via.org eheh)
Na quarta-feira houve a apresentação da rede ciclável do Seixal, no auditório do edifício dos Serviços Operacionais desta edilidade.
Não pude estar presente pelas piores razões, mas quem foi disse que correu lindamente.
Pelo menos evoluiu desde a última vez que vi a rede ciclável, e para melhor! Já não se baseia apenas numa rede de ciclovias ou vias segregadas, o que considero um alto passo em frente.
Aposto que a mão do Ricardo (outro Engº Território) teve influência visto também ele ser um ciclista commuter. O prof. Mário Alves conseguiu prender muito bem a plateia com o seu discurso. Estou mesmo com muita pena de não poder ter estado presente!

Que se toquen...unas Sevillanas del adios

É a minha sentida homenagem à ti Felícia.
Ela foi, mas ficaram maravilhosas recordações, como as melhores batatas fritas do mundo, o cheiro do pão de lenha com marmelada caseira, serões de batota, anedotas de fazer xixi nas calças de tanto rir, o abrigo dos melhores verões da minha infância onde corria feito Tom Sawyer pelas matas do Dão, tentava pescar no ribeiro do fundo d'aldeia, jogava à bola descalço, tomava banho no tanque, fingia proteger um castelo que era o quintal da tia murado, brincava às escondidas em celeiros abandonados, apanhava grilos, construía arcos e flechas para apanhar animais que só eu via.

E porquê as sevillanas del adios? Porque a Ti Felícia e o Ti Zé Pais são os "chanquetes" dos meus veranos azuis...
Descansa em paz
Beijinhos para o Tio Zé Pais, a Teresa, o Claudito e a Salomé.

Não precisam facilitar....basta TIRAR O PÉ DE CIMA SFF!

As principais dificuldades em andar de bicicleta numa cidade passam bem para além das acessibilidades, inexistência de vias segregadas, sinalética, estacionamento. Custa muito mais quando não há respeito por parte dos outros utilizadores que partilham a via, quando há burocracia nos transportes, intolerância pelas forças de segurança, etc.


Li que na terça-feira dia 2 de Dezembro ia entrar em vigor uma alteração nos bilhetes 7 colinas em Lisboa. Uma das limitações do sistema era a de que se carregássemos com viagens de um operador já não poderíamos carregar de outro (cretino). A alteração vizava o carregamento de um valor em €€, descontado em cada transporte o seu preço (mais uma mostra de que os transportes em Lisboa não são integrados), dando um desconto de 5% se se utilizasse duas vezes o bilhete num curto período de tempo (ui...um sinal de integração!!).

Aguardei por esse dia para carregar o bilhete da CP. Nem vos digo a dor de cabeça....desde não aceitarem pagamento por multibanco, os ditos estarem sem dinheiro e ter que me deslocar até sei lá onde (ainda bem que estava de bicicleta), até os funcionários desconhecerem por completo esta alteração e por fim descobrir que a CP está fora deste esquema. Lá tive de comprar a assinatura normal, a máquina não ter troco e ainda ter que ir descontar um vale que a máquina deu por um valor inferior ao que a máquina não devolveu.........ARRE.


Hoje no jornal gratuito "Global" vem uma entrevista a sobre a marginalização que ele sente por não deixarem circular no calçadão paralelo à marginal. Um claro exemplo de que em vez de ensinar os ciclistas a circular em conformidade com a via é preferível proibir. Isso e a comparação de uma transgressão feita por um ciclista com as variadas realizadas pelos automobilistas e já consideradas "normais" ou como "norma".


Logo em baixo desta notícia vem os resultados do OP (Orçamento participativo) que mostram a vontade dos Lisboetas em ver Lx mais amigável para o ciclista. Opiniões à parte acerca das ciclovias e a sua relação preço/resultado, a verdade é que a vontade de ver Lx ciclável é um bom indicador.


E como não é só em Lx que se sente dificuldades em andar de bicicleta checkem este vídeo realizado em Madrid (se algum jornalista vir isto, é uma boa dica para um "furo" em vez do material "enche-chouriços" que costumamos encontrar nas bancas).


Bcycle

Olhem lá, uma coisa destas em Linda-a-Velha ;o)



Curtam o vídeo, mais um, a publicitar os prós da utilização da bicicleta no dia-a-dia, especialmente existindo um programa de distribuição de bicicletas gratuitas numa cidade.



As razões são tão lógicas e fortes (vejam no canto inferior esquerdo a rubrica FACTS) que fazendo uma analogia à frase de Einstein que diz algo como "para solucionar um problema não podemos ter o mesmo pensamento do que quando o criámos", eu diria que "o carhólic quer ver uma solução baseada nos princípios que usou aquando da sua decisão", refutando tudo o que vá contra esta premissa.

CiclOficina em fotos 5










CiclOficina em fotos 4








CiclOficina em fotos 3








CiclOficina em fotos 2









CiclOficina de Linda-a-Velha em fotos

A CiclOficina vista pelo olho fotográfico do Enrique

Extensão aos velocípedes dos benefícios fiscais à aquisição de veículos não poluentes

Para: Assembleia da República
Caros Senhores: Da Lei do Orçamento de Estado para 2009 consta uma medida de incentivo fiscal à compra de veículos eléctricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis, na forma de uma dedução à colecta no IRS de 30% dos custos de aquisição. No entanto, na sua presente formulação, exclui-se deste incentivo o tipo de veículo comprovadamente mais sustentável e energeticamente eficiente: velocípede. Os signatários desta petição rogam que o texto da lei seja reformulado por forma a eliminar esta incoerente exclusão. Texto de apoio
sinceramente,
o baixo-assinado

ASSINA AQUI

CiclOficina de Linda-a-Velha - Rescaldo


Boas pessoal….

Bom…a CiclOficina ultrapassou as 5 estrelas, muito bom, muito bom mesmo.

O dia previa-se molhado e assim foi. Uma pontaria, pois há uma semana atrás ainda apanhávamos os resquícios tardios do verão de S. Martinho. Pensamento positivo pois nada pode deter a vontade de quem acredita de que pode mudar, nem que seja um pouquinho, o mundo. E quem acredita é a ciclo-via.org, ou melhor, quem faz parte dela.


Ás 9h00 estava a abrir o portão do quartel e passado um pouco estava a chegar o Miguel. Andámos à procura de um abrigo para colocar as nossas coisas e foi assim que demos com uma sala aberta logo a seguir ao portão. Com este espaço e mais as salas 14 e 15 que, segundo o responsável do espaço, alguém iria abrir às 10h00m já nos safávamos. Pelo sim pelo não ainda vimos 2 locais exteriores com alguma protecção no caso de ninguém aparecer. Passado um pouco chega o Francisco do Seixal e o Tó mais o Gonçalito que moram ali mesmo em frente. Começam a cair as primeiras pingas. O Tó traz uma tenda grande e eu lembrei-me de que tinha uma igual no sótão. Fui buscá-la enquanto o resto do pessoal começou a montar a primeira. Montámos as duas quando alguém nos diz que já está aberta a sala 14 e que a podíamos utilizar. Foi tudo tão rápido que nem me apercebi. E então a 15?? A esta hora ainda deve estar fechada. :os
O Mike já tinha chegado com os escuteiros assim como o Enzo e o Hernâni. As tendas não conseguiam resistir às rajadas de vento que acompanhavam a pingas que caíam do céu, por isso deixámo-las no chão e fomos todos para dentro da sala. O Mike fez um ligeiro briefing e dividimos os cerca de 20 miúdos pelos 4 ateliers. Eles iam rodando ao sinal do Mike de modo a frequentarem todos. O atelier dos furos era o que orientava o tempo de mudança de atelier pois era o mais demorado.



O Francisco e o Hernâni ficaram com o atelier de afinação dos travões que estava na sala perto do portão, logo afastados do resto da malta, as afinações das mudanças da frente e traseiras entregues ao Enzo e ao Miguel ficaram na sala, que também acomodou a partir de certa altura o atelier dos furos, que era da responsabilidade do Tó. Eu e o Mike íamos ajudando onde podíamos, verificando onde havia mais entropia e ajudando os mais aflitos.
O Enrique que trouxe o material todo na mota, fotografava incansavelmente, maldizendo o tempo pois a luz estava longe de ser a ideal. Os putos puseram as mãos na massa, remendavam pneus, davam à bomba, afinavam travões e mudanças…..mais tempo houvesse e mais bicicletas se punham em ordem. Nas deslocações entre ateliers percorriam o quartel passando sobre poças e fugindo à chuva o mais rápido que podiam.





A sirene dos bombeiros anunciou o meio-dia e os ateliers foram fechando à medida que as biclas iam sendo afinadas. Reunimo-nos, explicámos as regras de circulação e segurança na estrada e partimos à conquista de Linda-a-Velha. Demos uma volta pequena por Linda-a-Velha em jeito de massa crítica, com os miúdos a gritar: “Não sejas pateta, usa a bicicleta”. Foi o culminar perfeito para coroar o trabalho fenomenal deste grupo fantástico.

Não posso terminar sem expressar o meu sincero agradecimento e admiração ao Enzo que pedalou à chuva 10 Kms com o atrelado atrás cheio de material e que passou o quartel, andou perdido por Carnaxide e voltou, e que ainda ouviu de uma menina: “Mas tu não tens carro?” ;o), ao Tó que agarrou no atelier de reparação de furos mesmo à chuva, ao Francisco que veio do Seixal com 2 biclas e um atrelado cheio de vontade de mostrar aos miúdos o que se pode fazer com 1 ginga, ao Hernâni que caiu de pára-quedas com a sua Montague para ajudar no que fosse preciso, ao Miguel que com imensa paciência veio partilhar os seus conhecimentos, ao Mike que reconhece a pertinência da transmissão destes ensinamentos aos miúdos, ao Gonçalito que merece a sua competência em ciclista, ao Enrique, o Galego que consegue transformar uma workshop de manutenção de biclas numa obra de arte (mesmo com pouca luz), ao Fábio, ao Rui e à Ana e Bruno que não puderam estar presentes, aos miúdos (as verdadeiras estrelas da CiclOficina e que se divertem a pedalar à chuva como eu), aos poucos pais que compareceram em especial ao João Tacanho que angariei como voluntário e à Junta de Freguesia de Linda-a-Velha.


Depois disto começo a acreditar na imensa potencialidade que temos como organização.
Agora que colocámos a CiclOficina de L-a-v no mapa é altura de a colocar no calendário, todos os fds (sábados ou domingos??) após a massa crítica. Faremos algumas pequenas reparações e seguimos para uma volta por Linda-a-Velha.


Mas isto apenas em 2009. Entretanto para não pararmos as domingadas vão continuar e o passeio ao sul vai acontecer no próximo fds. Quem estiver interessado comunique com o Hernâni no fórum.

Mais próximo do Natal eu propunha juntarmo-nos num almoço da ciclo-via, de preferência com família. O que me dizem? Se confirmarem eu preparo uma pequena surpresa ;o)

Um grande abraço para todos
GPais