Leituras

Li uma coluna no DN de ontem, muito bem escrita. Falava do critério para o "risco" dos portugueses. O Português preocupa-se com os maus hábitos que sabe que lhe causarão mal num futuro mais longínquo. Deixou de fumar, tentar cortar nalgumas gorduras, a custo lá levanta o rabo para fazer algum exercício, etc., mas aquilo que está perfeitamente provado de que é BASTANTE prejudicial a curto prazo parece que tem escrito "Não ligues, tu és superior a isto, vai de cabeça!". Falava de dois exemplos: a condução perigosa e os banhos em àguas poluídas.



Isto porque no Porto retiraram a bandeira azul à praia do Homem do Leme e, segundo o autor, as pessoas entrevistadas faziam que o crédito do técnico que avaliou a qualidade da àgua fosse pelo cano abaixo após as observações atentas dos veraneantes. Um dizia que a àgua estava uma maravilha, o outro diz que nunca a viu tão boa! O que é isto comparado com um tubo de ensaio cheio de coliformes fecais? Nada...então não vê que a água está boa?



Em relação ao trânsito é exactamente a mesma coisa. O número de feridos e mortos nas estradas portuguesas aproximam-se de uma catástrofe com resultados visíveis, marcantes e friamente reais e mesmo assim continua-se a passar cartas sem muito critério, a acelerar na estrada, a beber e conduzir, a levar míudos sem cinto, a apitar que nem uns malucos, a fazer razias a peões e ciclistas, enfim...........





Também li uma entrevista ao vereador do urbanismo da CMLX que diz, e o jornal engrossa para ser utilizada como frase chamativa: "Há que tornar a utilização do carro desconfortável na cidade" - Toca a passar das palavras à prática!

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